4 de agosto de 2011

Sobre o Tempo


Hoje eu conversei como o Tempo. Perguntei a ele se algum dia poderíamos andar juntos, lado a lado, como amigos achegados. Perguntei se ele me deixaria acompanhá-lo, ou se correria de mim como sempre faz. Ele me disse que corria porque não podia perder tempo.
- Mas Tempo – Indaguei – você é o dono do tempo. Não pode tirar um tempo?
Então ele me respondeu que iria me contar um segredo. Pediu que eu prestasse bastante atenção, porque o tempo era curto.
Ele me revelou que não era dono do tempo. Ao contrário. Eu era! Cada um é dono do seu próprio tempo. Portanto ele só corre de nós porque corremos contra ele. Se apenas aproveitássemos mais o nosso tempo, teríamos muito mais deste e ele não precisaria correr.
- Mas se eu controlo o meu próprio tempo, porque quando preciso que ele passe mais devagar, ele acelera? E quando quero que ele se apresse, ele passa mais devagar?
- Ora, - Ele falou arrogante – porque não basta só querer! Você não consegue as coisas apenas por querê-las, consegue?
- Não – Eu disse.
- Pois então não ache que o tempo cai do céu, só porque você o quer. Você tem que organizar o seu tempo, por estabelecer bem as suas prioridades. Mas lembre-se: Os Segundos são rebeldes, dificilmente programados, os Minutos são mais prováveis, mais fáceis de ser comprados. E as horas... Ah! As Horas são longas, mais fáceis de serem organizadas, porém mais difíceis de serem encontradas.
Eu analisei as palavras do Tempo. Nunca imaginei que ele fosse tão sábio. Do jeito que sempre o vi correndo, sempre achei que não tivesse nem tempo de respirar, quem dirás pensar.
- Bem... Se eu seguir os seus conselhos, finalmente poderemos ser amigos?
Ele sorriu.
- Se seguir os meus conselhos, você com certeza terá mais tempo. Quanto ao resto:
 Dê tempo ao tempo.

2 comentários:

  1. Eu bem que tento dar tempo ao tempo, mas leva tempo para se acostumar com certas coisas.

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Beijo da garota que não defenestra ideias.