26 de outubro de 2012

Sobre insensatez


Insensatez

A minha mente desmente a tal demente lucidez
Decerto ludibria o meu espirito sedento de sanidade
Desdenha da minha cadencia desequilibrada
Me desarma
Desenha sombras onde sobra escuridão
Desata os fios solitários da minha sensatez
Desequilibra e desconcerta o centro do meu ser
E quando não há mais nada
Se despede
Abandona a alma que se desfez
De vez

19 de outubro de 2012

Sobre 7 coisas e Minha caligrafia


Recebi o selo da Luciana Souza e prometi a mim mesma que ia deixar a preguiça de lado e fazer o Meme que o acompanha. As regras são:

Postar o selo e quem o entregou;
Postar sete coisas sobre mim;
E indicá-lo a 15 pessoas.

7 Coisas:

1. Tenho uma memoria muito ruim. Do tipo que só precisa virar a página para esquecer o que leu na que se passou. Em um tipo muito injusto de compensação, consigo me lembrar de bobagens ditas pelos meus amigos quando preciso retrucar algum ponto.
2. Atualmente, a maior parte dos livros que leio, leio no ônibus ou na calada da noite, como uma fugitiva. 
3.  Quando começo a gostar de uma coisa (filmes, livros, séries, HQs) fico insuportável. Não consigo falar de outra coisa. E meus amigos são obrigados a me ouvir. 
4. Quando estou muito irritada, um filete de sarcasmo escorre da minha língua. Sempre acabo magoando alguém no processo, mas não consigo evitar.
5. Costumo ficar muito na defensiva. Muito mesmo.
6. Tenho uma paciência extremamente variável. Em certos momentos sou bem irritável, no entanto, com pessoas mais estressadas que eu ou em situações em que preciso lidar com algum problema que os outros não conseguem, eu fico surpreendentemente calma. Chama-se: O equilíbrio do universo. hahaha
7. Climas muito quentes - como o que fez hoje - pioram meu humor. Gosto do frio, coisa que raramente aparece aqui em Salvador.

Por fim, é importante que se diga: Quando me propus a postar sete coisas sobre mim, esqueci completamente qualquer fato a meu respeito. Tive de pedir ajuda. Isso é sério.

E pra aproveitar, posto logo outro Meme que me foi indicado há muito tempo e acabei não fazendo. Foi indicado pela Dinha e a ideia era responder as seguintes perguntas com a minha caligrafia:

1- Qual seu nome?
2- URL do seu blog:
3- Escreva: "A rápida raposa marrom pula sobre o cão preguiçoso."
4- Citação favorita:
5- Música favorita (no momento):
6- Cantor/banda favorito no momento:
7- Diga o que quiser:
8- Indique 3 ou 5 blogs:


































P.S.: Desculpem a quantidade da referências ao The Killers, mas é que minha paixão pela banda se reacendeu depois que eu soube que eles virão para o Lollapalooza e eu não irei ao show.

Não sobrou espaço no papel para indicar os blogs. E não sobrou muita animação também. Amo receber selos e Memes, mas eu demoro pra fazer e acabo cansando já no meio da postagem (rs). Então se você que me lê quer levar esses Memes, que o faça, e depois deixa o link para eu conferir, certo?

11 de outubro de 2012

Sobre certos detalhes

Detalhes


Abriu os olhos. Imaginou que tudo seria diferente. Foi despertando. Preguiçosamente. Deixou que os braços passeassem em cima de um pedaço ressentido de cama. Um pedaço vazio.  Deitada de bruços sobre a saudade, apertou seu travesseiro contra o peito apertado. Encolheu-se ao sentir soprar a ausência presente no tempo. Tudo será diferente.

Encarou um ponto na parede amarelada do quarto. Suspirou, reparando pela primeira vez no modo como a luz tremeluzia ao atravessar a cortina sem cor que cobria a janela. Deixou a mente vagar em detalhes superficiais que nunca havia notado. E que a tranquilizavam. A cortina não tem cor.

Levantou-se lentamente, como normalmente fazia. E fez café. Pra dois. Porque era normal pra ela. Tê-lo ali. Sorriu para a cadeira solitária a sua frente. Percebeu que uma das xícaras não tinha asa. A xícara cujo café, momentaneamente fumegante, esfriaria. Assistiu ao calor se dissipando, e o viu desaparecer.  Uma xícara não tem asa.

Se arrumou. Parou em frente ao espelho. Viu uma ponta rachada que a dividia em duas. Permaneceu ali. Ainda que não houvesse ninguém para lhe pedir pra ficar um pouco mais. Pra voltar pra cama e se despir. Ou só pra se despedir. Já haviam se despedido. Fazia algum tempo. Pegou a bolsa. E saiu. O espelho está quebrado.

O dia se alongava tristemente diante dela. Lá fora o clima de sempre. As mesmas pessoas. Os mesmos sorrisos. As mesmas alegrias. As mesmas ansiedades. Os mesmos problemas. Trabalhou o dia inteiro e mal respirou. Não teve tempo de pensar. Ficou agradecida. A vida de sempre. Voltou pra casa.

Fechou os olhos. Se deu conta de que tudo continuava igual. A única coisa que tinha mudado ainda batia de forma dolorosa. Dentro dela. Tentou restabelecer a fé. O amor tinha dessas desilusões. Mas ainda valia a pena. Sim, fazia bem um pouco de fé. Começou a aceitar. Aceitar que era hora de seguir em frente. E perdoar a dor da partida. Até que retorne. Novamente. Por fim, adormeceu.

 A cama é maior do que ela se lembra.
Ideias Defenestradas Ressurge (Parte 2): Uma coisa que mudou com a minha volta é o fato de que estou respondendo os comentários digníssimos de vocês. Segundo uma amiga, é mal educado defenestrar minhas respostas quando meus leitores não jogam suas opiniões pela janela. Então, voltem para conferir a resposta, okay? Fora isso, continuarei retribuindo os comentários como costumava fazer. Por hora, é só. Fade out.

5 de outubro de 2012

Sobre o que se quer (E Ideias Defenestradas: Ressurge)


O passado imperfeito

Ela queria aceitar aquele sorriso que tentava discretamente esconder, acolher a espontaneidade e a naturalidade com que ele podia realçar os seus lábios e o seu espirito. Ela queira aceitar o abraço e o carinho, agarrar-se a leveza e a excitação do toque que chega sorrateiramente.

Ela queria a coragem de assumir o medo, queria ser amável e gentil, ela queria dizer palavras doces. E sussurrar ao pé do ouvido. Arrepio. Ela queria carregar dentro de si todas as cores do mundo e pintar as paredes da vida com tons um pouco mais serenos. Ela queria ver o mar, no seu ir e vir constante. Tranquilo.

Ela queria afastar as cortinas, abrir as janelas e deixar a luz invadir o seu espaço, pra acordar e se espreguiçar dentro dela. Devagarinho. Ela queria flutuar, tocar o céu, fazer da nuvem travesseiro. Pra sonhar. Ela queria não dever renegar o seu querer. Queria ele. Perto dela. Ela queria não querer o que não tinha. O que não podia querer.

Ela queria formar laços, ao invés de apertar os nós. Ela queria que tudo fosse mais simples, menos complicado do que é. Ela queria se desfazer dos seus próprios conflitos pra se permitir renascer. Ressurgir a base da esperança. Emergir do otimismo. Ela queria encostar a cabeça, sem sentenciar o desistir. Por um momento só. Queria deitar e dormir.

Ela não quer mais a palavra que chora. Ela não quer mais a dor que a atormenta. Ela não quer mais a lágrima que escreve. Ela não quer mais tentar conceber o futuro, ou encostar-se ao passado. Ela não quer mais se perder. Se perder entre os segredos do universo. Se perder na complexidade da vida. Se perder.  Se render. Para a confusão de si mesma. Não, ela simplesmente não quer mais. A verdade é que ela... Ah! Ela só queria paz. Ela queria. Um pouco de paz.

Estou aqui me perguntando se há alguém que ainda retorna a esse blog à procura de novos posts. Bem, eis um pequeno e condensado relato do que aconteceu para que eu sumisse: As palavras fugiram. De novo. Eu me forcei um pouco, tentei escrever mesmo sem elas, e os textos iam surgindo. Trôpegos, frágeis e vazios. Completamente frustrada por não estar conseguindo escrever nada que me deixasse satisfeita eu acabei me afastando do blog. Basicamente, eu o abandonei por causa da minha coragem de encará-lo (só que não). É bom que vocês saibam, sou covarde. E foi assim. Mas estou de volta, motivada a me dedicar novamente a esse espaço. Muita coisa para uma volta só. Vou deixar o resto para o próximo capitulo. Não é bom saber que vai ter outro? É.