26 de fevereiro de 2012

Sobre faltar

Falta amor. Falta paciência. Falta essência. Falta tanto. Falta tato. Falta tudo. Faltam sorrisos sem motivo. E atos de valor. Falta afeto. E estar perto. Faltam nós que não podem ser desatados. Falta em nós laços que não podem ser desfeitos. Faltam infinitos entrelaçados em verdadeira felicidade. Faltam fins e novos começos.

Quanto falta?

Falta luz. Falta motivação e inspiração. Falta sal, açúcar, tempero. Faltam declarações e cantores de chuveiro. Faltam promessas que não serão esquecidas. Falta leveza e criatividade. Falta acreditar e realizar. Falta uma boa dose de liberdade. Falta em olhares, uma pitada de cumplicidade.

Calma!

Falta descomplicar. Falta parar. Falta observar e olhar além. Além de tudo. Acima de tudo. Faltam belas palavras e falta ter a quem dizer. Falta um pedaço. Falta vida. Falta você. Falta ainda muito amor. Em compensação, nunca falta dor.

Falta pouco.

Falta segurança ao nosso redor e confiança dentro de nós. Porque não nos furtam sofrimento, ao invés de nos trazerem mais? Eu não quero. Pois isso, não falta. Falta sentir falta de pequenas alegrias. Faltam detalhes. Falta sensibilidade e sinceridade. Faltam boas surpresas. Falta não esperar algo em troca. Falta gente que se importa. Falta a maior das belezas. Falta cor. E no fim, continua faltando amor.

E enquanto tanto falta, o mundo sobra. 

24 de fevereiro de 2012

Sobre um balão de ar quente

"Cai cai balão, cai cai balão
Na rua do sabão
Não cai não, não cai não, não cai não
Cai aqui na minha mão!"



Sou um balão de ar quente. Viajo na velocidade em que o vento sopra. Estou voando pelos céus, sendo guiada pela imprevisibilidade. Talvez chova. Talvez eu veja a face iluminada do Sol. A única certeza que tenho é de que respiro incertezas.


Estou observando um mundo sob um novo ângulo. Daqui, a crueldade e a injustiça parecem estar submersas em um sono profundo.  Enquanto a brisa sopra, a calmaria reina soberana. Meus olhos estão abertos para a tamanha beleza do universo. Me assombro. Me encanto. E estando em tão alto plano, eu posso ver, eu finalmente posso ser.


Na memória, carrego a lembrança do que deixei em terra. Pessoas e sentimentos que ficaram pra trás quando virei balão. A verdade é que eles nunca foram embora realmente, e quando eu voltar ao chão, é provável que retornem como se eu nunca tivesse partido. Porém, pode ser que eles não resistam ao tempo e desapareçam. Como se nunca tivessem existido.


Em minha viagem, conheço o desconhecido. Venço meus medos enquanto ainda tenho fogo o suficiente pra isso e continuo seguindo em frente. Suprimindo o receio de não saber onde vou cair. Balão quando cai no lugar errado, do jeito errado, pode começar um incêndio. No fim, só espero desviar das mãos do tempo. Não cair não. Mas quem sabe, cair na rua do sabão?

Um dia já fui pessoa
Pessoa que não voa
Hoje sou balão
E enquanto a chama não se apaga
Também sou coração

Texto feito em parceria com uma nova blogueira, mas que já é mô velha em minha vida. Quem mandou nossas mães engravidarem na mesma época, né prima? Unidas desde o nascimento. 


Amo você. Ontem. Hoje. Sempre.


Mallu-Kai

23 de fevereiro de 2012

Sobre uma coletânea de perolas. (Parte 1)

O mundo ao meu redor gira em clima de volta às aulas. Aproveitando-me disso, trago pra vocês uma coletânea de perolas. Como assim?! Eu explico.

Minha turma no colégio mantêm um caderninho de perolas. Cheio dessas doces bobagens que se tornam inevitáveis em uma sala de aula. No decorrer do tempo, fomos acrescentando perolas de outras pessoas e  de situações que ocorreram fora do colégio também. Porque perderíamos a oportunidade, certo?

Maas antes que comece a ler, é bom que eu esclareça algumas coisinhas.
  1. O número que verá é o substituto do nome do aluno. Corresponde ao número do aluno na caderneta. 
  2. Participação especial é referente a pessoinhas de fora do inferno. Por inferno, entenda: IF-BA.
  3. Se foi um professor que cometeu a perola, sua matéria representará seu nome.
  4. E por último, mas não menos importante: se algo não fizer sentido, é realmente porque não te sentido algum!
Perolas inesquecíveis:

“Um litro de água pode ser uma gota, depende do tamanho da torneira!”                            (6)

“- Preciso medir minha glicose, estou desconfiada de uma coisa...
 - Você esta grávida?!”                                                                                                      (19)

“- Menina, deixe sua voz sair do Útero!
- E quem é o pai da voz?”                                                                                    (Participação especial)

“A cabeça não pensa igual à boca. A boca pensa melhor e mais rápido que a cabeça.”    (Física)

“Naquela época quando a pessoa desafiava a igreja ia para um lugar bem quente. Qual era?
- O Inferno!”                                                                                                                      (24)

 “-Ah professora o texto é muito grande!
-Que nada, com três cagadas na semana você lê.”                                                    (Educação Física)

“- Penalizar é com z ou com s?
- Com Z, porque personalidade é com S.”                                                             (Participação especial) 

“Bereguedê é uma palavra culta. Por exemplo: Hamlet, conceda-me o seu bereguedê.”           (16)

Prova de história. História do Brasil. Quem aboliu a escravidão?
"- Joana D’arc! Essa eu acerto!"                                                                             (Participação especial)

“- Como se escreve anfótero?
 - Anfótero. A-N-F-O-T-E-R-O. Acento no segundo ‘S’.”                                                  (18)

“Eu estava desonline.”                                                                                                         (7)

“O Índice de suicídio no Brasil é baixo, porque a pessoa não tem tempo de se matar, antes disso vem outro e te mata.                                                                                                                   (24)

“- Eu tenho medo de agulhas.
-É. Eu também tenho medo dessas coisas místicas.”                                               (Participação especial) 

"- Como é o nome do grupo de blogueiros no face?
 -  Blogolandia!"                                                                                                      (Participação especial) 

E aí?! Curtiram? 

Eu tenho que admitir pra vocês que essas são só algumas das muitas que tenho anotadas. Então, talvez eu faça uma segunda postagem com outras. Que acham?

E você, já disse alguma bobagem que mereça entrar na minha listinha? Nada de timidez, compartilhe!

"Make 'Em Laugh
Don't you know everyone wants to laugh?"

21 de fevereiro de 2012

Sobre 11 coisas

A TAG veio da: Anna. E é bem simples:
  • Postar 11 coisas sobre mim;
  • Responder as questões feitas pela pessoa que indicou a TAG;
  • Criar outras 11 questões;
  • Indicar a TAG para outras 11 pessoas que ainda não a tenham feito.
  • E avisá-las.
11 coisas sobre mim:

  1. Eu sou uma completa viciada em rabiscos. 
  2.  Tenho alergia a carinhos excessivos. 
  3. Tenho problemas em pedir desculpas. 
  4. Dificilmente termino o que começo. 
  5. Sou aquela que senta sempre no fundo da sala, com a sua trupe de malucos.
  6. Sou uma eterna procrastinadora.
  7. Tenho certa facilidade em Matemática. Tirei 10 na última unidade. 
  8. Tenho 1,58.
  9. Penso demais.
  10. Tenho dermatite atópica.
  11.  Quando eu era pequena.... “Mas L. você ainda é pequena!” Pois é Anna, também passo por isso. Enfim, quando era CRIANÇA eu escrevia, dirigia e atuava em minhas próprias peças teatrais. E ainda cobrava dos meus familiares o preço do ingresso. A de maior sucesso foi uma chamada: “O Cabeção e suas Aventuras” o.O


Respostas:

1. Quando e por que começou a escrever?
Comecei a escrever assim que percebi o que podia fazer com as palavras: Criar.

2. Qual a melhor parte do dia?
Quando escrevo, leio ou quando sorrio.

3. Qual sua sobremesa favorita?
Hum, pavê. Mas por favor, sem o acompanhamento da famosa, e totalmente sem graça, piadinha.

4. Qual a melhor hora pra escrever?
De madrugada. Quando o silêncio reina aqui em casa.

5. Qual o seu esporte favorito?
Gosto muito de Slackline. Gostaria de ter a oportunidade de praticá-lo mais vezes.

6. Qual a pessoa que você mais admira?
Minha mãe.

7. Já desistiu de algum sonho. Se sim, por que?
Acho que já desisti de pequenos sonhos, que foram abandonados pelo caminho. Mas ainda não tive de desistir de nenhum grande sonho.

8. Qual a sua música favorita?
Hoje é Quase sem Querer, de Legião Urbana. Amanhã... Quem sabe?

9. Qual seu animal favorito?
Minha cadela totalmente carente de atenção.

10. Qual gênero de filme você prefere?
Ficção Cientifica.

11. Qual a principal meta para esse ano?
Ler a bíblia toda.

Questões (?)

Eu ia até criar novas questões e tal, mas percebi que a maioria dos blogs que sigo já fizeram a TAG. Então eu vou ser mô foraver alone e não vou indicá-la pra ninguém. Maaas, porém, todavia, se houver alguém que lê esse humilde blog e ainda não tenha feito a TAG, fica à vontade, respondendo as mesmas questões que respondi. Okay?

Beijo da garota que não defenestra ideias.

17 de fevereiro de 2012

Sobre a Fronteira

(Créditos: Thaís Lopes)
O vento percorre o campo sem piedade. Carrega em seus braços a tensão e a premonição da guerra.  Causa arrepios a própria terra, como um aviso do que está por vir. Para os humanos que se atrevem a passar por ali a imagem da futura devastação já pode ser absorvida. Apodrecendo a alma. Devastando o espírito.

Uma enorme linha se estende no meio do campo. A linha que divide e estabelece limite entre dois territórios inimigos. A fronteira. Uma fronteira invisível e silenciosa. Que estava a muito tempo calada, mas que se reerguia de tempos em tempos para causar divisão e dor. Para separar a vida e a morte e impor decisões cruéis a seus subjugados súditos.

Quando a fronteira falava, todos eram obrigados a ouvir e a decidir. De que lado você está? De que lado vai ficar? Hora de lançar a sua sorte. Escolha aquele pelo qual está disposto a viver ou morrer. Mesmo que, de certo modo, pertença aos dois lados da fronteira, mesmo que suas expectativas e sonhos estejam arraigados e entrelaçados unindo os pedaços que você é de cada um dos lados. Escolha.

Atravessando uma cortina de poeira, entra no palco uma menina. Ela está abraçada a uma ampulheta. Agarrando-se a ela, como se agarraria a vida. De olhos fechados luta contra o vento, que em sua frieza e fúria tenta impedi-la de prosseguir. A menina é um desses. Os chamados Nós. Presos aos dois lados da fronteira. Ao ódio e ao perdão.

 Ela caminhou muito para chegar até o local da guerra antes dos exércitos. Sua ingênua esperança era de que a terra que seus pés tocavam e que em breve estaria suja de sangue, lhe desse a resposta que procurava. Que lhe ajudasse a decidir a quem realmente pertencia. E por qual lado lutaria.

A ampulheta lhe informava quanto tempo ainda tinha para fazer a sua escolha. Mas a areia dentro dela escorregava rápido demais e preenchia rapidamente o coração da menina de temor. Brigava consigo mesmo para que decidisse, mas toda vez que pensava ter tomado uma decisão, voltava atrás e se confundia novamente.

Mais perdida do que nunca esteve, a menina se ajoelhou perante a Fronteira. Implorando que lhe isentasse da terrível escolha. O sabor das suas lágrimas era amargo. Elas caiam no chão de terra e espalhavam a escuridão através dela. Em todo o seu mundo, naquele momento, as flores deixaram de florescer. 

A fronteira, assentada em seu trono inalcançável, sentiu a terra diferente sob seus pés e pela primeira vez, olhou para baixo. Lá estava a menina curvada em dor e indecisão. Abaixando-se lentamente, a fronteira alcançou a pequena. Seus dedos gélidos tocaram a cabeça da menina, que ergueu seu rosto.

- Preste atenção pequenina. – Disse a fronteira em sua voz ressonante. – Se julga especial dentre todos?

- Não. – Murmurou a menina.

- Pois então, porque os outros podem escolher e você não?

- Porque eu não quero ter de escolher. – A Fronteira negou.

- A vida é feita de escolhas, nem sempre há uma alternativa agradável, mas cabe a você lidar com isso. Nessa guerra, terá de decidir, como todos. E que a sua decisão a leve para onde tiver de levar. Boa sorte. Adeus.

A menina suspirou, enquanto sua mente gritava cada vez mais alto: decida! E o seu coração berrava de volta: Jamais! A angustia a sufocava, e com pesar se despedia dos últimos grãos de areia da sua ampulheta. Seu tempo estava acabando.

Ao longe, já era possível ver a presença dos exércitos. Eles se aproximavam, marchando em um ritmo constante. A distância estava diminuindo. Força! Gritavam em um dos lados. Coragem! Respondia o outro. A grande massa de gente se dirigia ao limite da fronteira. Em breve se encontrariam frente a frente. Entre eles, estaria uma menina.

De que lado você está? De que lado vai ficar quando a guerra começar?

Tum. Tum. Tum. Cantava o mundo. O suspense era tão pesado que cobria o ar como uma neblina. De súbito, a menina toma sua decisão. Tranca-a em sua mente antes que a indecisão a alcance. Apressada, ergue a ampulheta para simbolizar a sua escolha. É quando o último grão de areia cai. E com ele, a primeira vítima da guerra.

Uma flecha rasga o ar e atinge a menina antes que qualquer um dos lados pudessem se dar conta de sua decisão. A dor vocifera em seu peito. Suas últimas lágrimas são carregadas de amargura, e ela pensa que nunca saberá se morreu pelo lado que estava disposta. Mas não importa, porque seu coração já está adormecendo para sempre. Ela fez uma escolha. Infelizmente, era tarde demais.

Termino aqui a história da menina indecisa, que teve a vida ceifada em uma guerra. Lá no meio do campo Megido resta a lembrança e a duvida. Qual foi a guerra que a levou?

Fronteiras estão dispostas em todos os cantos de nossas vidas. Às vezes tão invisíveis que parecem estar adormecidas. Mas em algum momento, a fronteira se erguerá em furor. Quando acontecer, faça a sua escolha. Não se deixe levar pela desilusão que traz a indecisão. “E que a sua decisão a leve para onde tiver de levar. Boa sorte. Adeus.”

Olá meus queridinhos, é o seguinte, a ilustração aí em cima foi feita especialmente para o blog por uma pessoa querida. Então estão valendo comentários tanto do texto, quanto do desenho. 

Beijos e Queijos.

16 de fevereiro de 2012

Sobre um castelo de cartas

Estou diante do meu castelo de cartas. Colocando as últimas, que completariam a minha fortaleza. Aprendi com o tempo, que não importava o quanto eu tentasse, uma carta nunca se ergueria sozinha, apoiando-a estará sempre outra. É assim que se constrói um castelo. Foi assim que eu construí o meu. Tudo começava e terminava do mesmo modo: Duas cartas.

No ar, o cheiro da mudança se aproximava ferozmente. Este seria o primeiro desafio do meu castelo de cartas. Seria ele forte o suficiente para se manter de pé? Lutaríamos contra qualquer coisa que se atrevesse a nos sobrevir. Até alcançar a vitória. Ou até alcançar a morte. O que viesse primeiro.

Ao longe, avisto uma nuvem cinza. Um sinal de aviso. Todas as cartas pensam estar preparadas, mas a verdade é que nunca estivemos tão vulneráveis. O terror canta, vacilando em notas enquanto a terra treme abaixo de nós. Que é isto que se aproxima, capaz de mover o chão?

O pânico instala a fragilidade. Frágeis. Fracos. Vulneráveis. Começamos a cair. Cai-se a primeira carta, impedindo a segunda de se manter de pé. E em um minuto, tudo vai ao chão. Trabalho e esforço despencam do céu como anjos caídos. Pássaros feridos. Minha admirável fortaleza. Meu formoso castelo. Minha adorável utopia.

15 de fevereiro de 2012

Sobre fingir

Finjo que sorrio
Finjo esqueço
Finjo que calo
Finjo que desconheço

Finjo felicidade
Finjo bobagens
Finjo direito
Finjo defeitos

Enlouqueço

Finjo tanto que me engano
Me confundo
Me abandono

O que parece ser?
E o que realmente é?

Fujo enquanto finjo acreditar em fingimentos

Esse é o meu primeiro poema aqui no blog. E na verdade, um dos meus primeiros poemas de uma forma geral. Sei que não está lá essas coisas, mas infelizmente, já adquiri um carinho maternal por ele. hahaha

11 de fevereiro de 2012

Sobre um certo Meme

A long time ago in a galaxy far, far away...

A Anna me indicou um Meme muito legal. Eu, em toda a minha preguiça, prometi que faria depois. Quando o depois chegou, a Dinha me indicou o mesmo Meme. Então, se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, eu faço.

É bem simples.
Primeiro: Dizer quem indicou o Meme.
Segundo: Através de fotos, mostrar 10 coisas que eu gosto.
Terceiro: Indicar o mesmo Meme para mais 10 pessoas.


*ESTAR COM QUEM EU AMO*
Minha família. Meus amigos. Essas pessoas especiais que fazem parte da minha vida. Eu amo estar com eles. Seja pra uma ocasião especial, ou apenas por diversão. O que seria de mim se eu não os tivesse?
*ESCREVER*
Eu só não admito que sou viciada em escrever porque não quero me curar. E admitir o vício não é o primeiro e mais importante passo para a reabilitação? Pois bem. Não admito, não admito, não admito.


 *LER*
Eu nem preciso explicar né? Quem conhece a sensação da leitura, vai entender.


*SORRISOS*
Ah, como eu gosto de ver as pessoas sorrirem! E até mesmo de fazer as pessoas sorrirem.

*FILMES ANTIGOS*
Gosto demais de assistir filmes. Mas eu tenho um carinho especial por estes de histórias atemporais.

*SÉRIES*
Ficar na frente do computador assistindo maratonas das minhas séries preferidas? Eu amo.


*STARWARS*
O que eu posso dizer sobre isso? Que eu tenho uma camisa do Darth Vader? Que eu tenho um boneco do Chewiee? Que eu tenho um pen drive do Ioda? Que eu acho que ele é verde porque faz fotossíntese? Ou que: sim, eu fui ver o episódio 1 no cinema, mesmo já tendo assistido, não gostando do episódio e sabendo que o 3D foi só uma estratégia para o Lucas tirar ainda mais dinheiro dos fãs?


 
*SARCASMO*
O que mais Chandler e House poderiam ter em comum? haha
Já me disseram que sarcasmo não é escudo, é arma. Mas quem pode ter certeza?

*VIAJAR*
Conhecer novos lugares. Adquirir novas experiências. Eu Amo. Aí estão algumas fotos que tirei em viagens, espero que gostem.


*LER A BÍBLIA*
Por fim, mas não menos importante. Eu sei que já disse que gosto de ler, porém, achei necessário dar a bíblia o seu próprio espaço. Já que a considero um livro especial.


Ufa! É isso aí. Não vou especificar quem deve fazer o Meme, mas deixo em aberto. Quem gostou e quiser fazer, deixa o link nos comentários para que eu possa conferir depois, okay?

Beijos e Queijos. 

6 de fevereiro de 2012

Sobre aquele dia

Eu odeio a iluminação artificial do aeroporto. Na verdade, eu odeio mesmo é o modo como tudo ao meu redor parece gritar superficialidade. O que aconteceu com as despedidas e reencontros calorosos? Morreu o sentido da frase: “matar a saudade?” Ninguém aqui parece querer matar a saudade, talvez, até mesmo uns aos outros, mas não a saudade.

Suspiro e me deixo escorregar no banco. Fecho os olhos, me concentrando no motivo da minha espera. Ela. Eu vim buscá-la. Fazia tanto tempo. Fazia tanta falta. Às vezes, eu pensava no que dizer quando finalmente nos reencontrássemos. Nada parecia certo. As palavras deixavam de bastar.

Enquanto o tempo livre me é dado, escorrego a minha mente pelos labirintos da minha memória, chegando irremediavelmente àquele dia. O dia que marcou o que significávamos. Uma pra outra. O dia em que você me odiou.

Nós éramos tão diferentes, e ao mesmo tempo, assustadoramente parecidas. Costumávamos brigar muito. E Brigamos também naquele dia. Não. Eu não lembro o motivo. E não é sempre assim? Quando o tempo nos faz o favor de apagar as causas das nossas feridas, sobra a nós, remoermos apenas as conseqüências.

- Eu te odeio! – Você gritou. Com todas as letras. Não era a primeira vez. – Eu te odeio! Te odeio! Te odeio! – Jogada na cama, se debruçava em lágrimas. Saí do quarto revoltada. Provavelmente, te odiando um pouquinho também. Foi o que eu decidi fazer depois que mudou tudo. Eu decidi voltar.

Deixo a cabeça pender com as lembranças, só para o meu ouvido acusar uma recente movimentação na área de desembarque.  Olhei ao redor. Mais um vôo havia chegado. Mais um em que você não estava. Entreguei-me novamente a uma reconfortante escuridão.

Entrei no quarto batendo o pé e espumando de raiva. Raiva pela sua eterna teimosia e raivo do seu jeito de sentir as coisas. Um modo que sempre fazia com que eu me sentisse culpada. Sensível demais.

- Então você me odeia?! – Perguntei. Em segredo, espantada com a sua coragem para dizer algo forte assim. Eu nunca diria.  Mesmo que realmente sentisse isso. – Pois saiba que eu não te odeio! Você é minha irmã, e eu te amo! – Ela soltou um grunhido incrédulo. – Aliás, quer saber de uma coisa? Só porque eu não me jogo na cama e começo a chorar, não quer dizer que eu não sinta as coisas. Você acha que eu não sinto quando você diz que me odeia?! Somos irmãs, pelo amor de Deus, é claro que eu sinto! – Eu lhe disse já tentando segurar algumas lágrimas que ameaçavam cair. – Agora pare de me culpar por tudo! A culpa é toda minha por acaso?

- É! – Você bradou de volta. E eu não podia acreditar que você realmente cria nisso. Eu queria xingar a dona da verdade absoluta que você era. Porém, foi aí que você começou a sua lista. As lágrimas que você derramou naquele momento pesam meu coração até hoje. Eu nunca consegui me livrar delas, sabe? Talvez a culpa, fosse realmente toda minha.

Abri os olhos, desejosa de que a dor que reascendi se abrandasse. Ao invés disso, ela continuou queimando em meu peito. Continuou até ao longe, avistar o seu olhar sorrindo em minha direção, mais do que o seu próprio sorriso. Você chegou.

- Você é sempre ignorante comigo! E arrogante! Você nunca pode me responder as coisas, e me emprestar as suas coisas! Mas para as suas amigas... é sempre diferente! Você nunca me diz coisas boas! Nunca! – Você soluçou. Se perdendo em palavras, dor e lágrimas. – Eu te disse “eu te amo” naquele dia. A gente estava ali. – da janela aberta, você apontou para a nossa varanda. – E o que você me respondeu? – Eu não lembrava. Mas você sim. E muito bem. – “Ah, ta.” Foi o que você me disse. Por isso eu parei de te dizer “eu te amo”. Por isso eu parei de te dizer “eu te amo”!

Por um momento, eu perdi tudo. Até mesmo a voz. As suas palavras bateram tão forte em mim que eu desaprendi a respirar. Eu nunca pensei estar causando tanta mágoa. Tanto sofrimento.

- Eu não... eu não falei sério. – Tentei, desprezívelmente, me explicar. Mas eu não podia. Nem devia.

- Você falou sério.

Porque você me amava daquele jeito? Do jeito que se sofre, mais do que se é feliz? Eu não queria. Não merecia. Não queria que você sofresse. Queria que continuasse minha a ser minha irmãzinha. Ao invés disso, eu estava te perdendo. Mais do que nunca.

Levanto rapidamente, quando você finalmente para a minha frente. E percebo que mesmo que tivesse encontrado algo perfeito pra dizer, a perfeição não chegaria viva a esse instante.

- Oi. – Eu digo simplesmente. Você não diz nada. Somente me abraça. Protagonizamos um momento capaz de introduzir o mínimo de ternura ao recinto, como se, alguma janela invisível tivesse nos presenteando com a verdadeira luz. Com o Sol. E de algum modo, eu sei que você também se lembrou daquele dia. Do dia em que você me odiou. E também, do dia em que você voltou a me amar.

Quando a realidade me atingiu, eu comecei a agir. O momento estava passando, e nunca mais voltaria.
- Eu quero que você me olhe. – Eu exigi.

- Não. – Você disse. Eu segurei os seus braços e te obriguei a levantar.

- Eu quero que você me olhe. – Eu ia dizer que sentia muito. Por tudo. Que às vezes, eu podia ser rude, e imbecil, principalmente com as pessoas que eu amava. Que às vezes, eu nem percebia e em outras, eu apenas não conseguia me segurar. E que me sentia como o apóstolo Paulo, quando disse: “o bem que quero, não faço, mas o mal que não quero, este é o que pratico.” Queria que você visse que eu não valia à pena. No entanto, ao invés de dizer todas essas coisas... – Eu te amo, ouviu? Eu te amo e nunca duvide disso! – Esperei que assentisse.

Então eu a abracei e nós choramos juntas. Com sua cabeça encostada em meu peito, passei as mãos em seus cabelos. Quando consegui murmurar um “me desculpe”, afastei um pouco o seu rosto para, com os polegares, enxugar suas lágrimas. Você me pediu desculpas também e me apertou em seu abraço.  Cada vez mais forte. Mais. Mais. E mais forte. Por fim, sussurrou:

- Eu não te odeio.

5 de fevereiro de 2012

Sobre perder os dias

Os dias me escapam das mãos, achei estar segurando-os firmemente, mas eles são tão escorregadios que fogem por entre meus dedos. Eu não sei para onde eles foram, então passo a viver tendo simplesmente a noção do nada. E de que talvez, eu esteja viva.

Parece aceitável no inicio. Quem sabe, até agradável? Mas o tempo passa, mesmo sem os dias, e eu me sinto cada vez mais perto do nada. É, por mais que não pareça, desesperador. E me deixa tão perdida que as vezes parece que nem mesmo eu posso me achar. As duvidas do inicio cessaram: Não há vida nisso, só sobrevivência.

Canso de assistir ao filme deprimente que protagonizo, em um momento propicio para que eu não morra de tédio. Daí em diante, me concentro mais em mim, em minhas atitudes, e não só em minhas palavras. Ajeito sentimentos e pensamentos aqui e ali, com a certeza de que estou só começando.

Assim, lentamente, os dias vão se moldando sem que eu perceba. A sobrevivência parece tão boa que eu até ousaria chamá-la de vida, se não fosse o medo de perdê-la. É, desse modo, que em um momento qualquer, os dias voltam para as minhas mãos. E quando os noto, eu sorrio, compreendendo que eles nunca fugiram de mim, fui eu quem os deixei cair.

2 de fevereiro de 2012

Sobre tudo. Menos sobre o que realmente importa

Dormir me parece errado essa noite. Então, aqui estou, revirando os meus pensamentos e sentimentos em busca de algo novo. Algo para fixar a minha mente e esquecer um pouco aquilo que realmente me machuca. E assim, não ter de admitir a minha infinita e inegável culpa em minha própria carga.

Talvez eu me distraia com uma lembrança, que tal uma que eu nem sabia que tinha? Elas aparecem de vez em quando. Mas não. Não há nada aqui pra mim. Nem mesmo as memórias mais comuns, que estão sempre me atingindo acidentalmente. Nada. Todas elas fugiram ao sentir o cheiro da minha necessidade. Hoje, eu aparentemente não tenho passado. E só me resta o presente e o futuro.

O presente está me causando insônia e tenho medo do futuro, então dispenso os dois. E o que me resta? Uma busca pelo nada. Uma página vazia, uma mente vazia, esperando desesperadamente que algo faça sentido. Sem o passado, sem o que eu fui, jamais seria o que eu sou, não é mesmo? Mas e se eu não quiser ser o que eu sou?

Estou andando em círculos nas minhas próprias palavras. Voltando exatamente para aquilo que eu queria esquecer. Provavelmente, o meu anseio não é realizável, por isso sempre acabo no mesmo lugar de onde saí. E o que eu faço agora? A bagunça que sou, que estou, me assusta. Assim como a certeza de que já passou da hora de eu me arrumar. Por fim, admito, não sei por onde começar.

Sobre criar asas

Nós não somos aves, mas também criamos asas. Essas asas invisíveis que crescem em nossos corações e mentes. Às vezes, elas são pequenas demais e nos sentimos presos ao chão. As vezes, elas são grandes o suficiente para nos levar ao outro lado do mundo, e sempre nos esquecemos, também são grandes o suficiente para nos trazer de volta.

Asas têm o poder de nos libertar. De nos permitir viver por conta própria. Mas, de que adianta ter asas se possuo grades em minha janela? Que mundo curioso. Onde são livres os que deviam viver presos e são presos os que deviam viver livres.

Eu, através das minhas grades, observo os outros voarem. Quando eles partem, deixando de lembrança a falta, nem sempre voltam. Enquanto espero a minha vez de usar as asas, voo da minha própria maneira. Por meio das palavras. É assim que sinto como se pudesse alcançar o céu, enxergando o mundo de um jeito que sem elas, não conseguiria. Quem sou eu sem as minhas asas traduzidas em palavras?

Meus queridinhos, mais do que nunca, os que eu amo estão criando asas. Belas asas que eu sei que os levarão ao infinito e além. O que sobra em mim é apenas um pedido, que já dito e repito:

Que as asas que criamos nos liberte, mas que não nos separe.

1 de fevereiro de 2012

Sobre Procrastinar

Procrastinar. É uma bela palavra, não é? Procrastinar. Amo tudo o que ela proporciona e odeio suas implicações. É uma palavra mais ou menos como Defenestração. Ao mesmo tempo em que ausente de nosso vocabulário, presente em nosso cotidiano.

Se você ainda não sabe o que é procrastinar, eu vou explicar. Você tem que estudar para aquela prova terrível que vai ter. Mas, ao invés de encarar logo a matéria, você adia, fazendo todas as outras coisas possíveis, menos a que você realmente tinha de fazer.

Como por exemplo: Dar uma olhadinha no seu blog e no blog alheio – afinal, você tinha mesmo que retribuir aquela visita –, entrar rapidinho no facebook – apenas para ver as últimas notificações –, pintar a unha – você só vai passar uma base! – , ir a lua – você sempre quis ver a terra do espaço, parece o momento perfeito pra isso –, ouvir a última versão de “Ai seu te pego” de Michel Teló – okay, agora eu exagerei. Enfim, deu pra entender certo? E agora, quem nunca procrastinou que me atire a primeira pedra!

Como já dizia Scarlet O'Hara: "Amanhã é outro dia". E com um novo dia vem novas tarefas, novas coisas pra fazer, novos motivos pra procrastinar... e aquilo que você tinha que fazer ontem vai sendo empurrado para um futuro próximo. Futuro próximo. Garante você.

O problema de procrastinar é que apesar de proporcionar um presente mais prazeroso e cômodo, não impede o amanhã – daquela famosa frase: “Não deixe pra amanhã, o que você pode fazer hoje.” – de chegar. É aí que percebemos que não vale a pena procrastinar. E então prometemos a nós mesmos que a partir de agora não deixaremos mais as coisas para o “amanhã”. Mas a verdade? Você e eu. Nós também vamos procrastinar essa promessa.