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19 de janeiro de 2012

Sobre lembrar. Sobre esquecer.

"Eu hoje joguei tanta coisa fora
Eu vi o meu passado passar por mim
Cartas e fotografias gente que foi embora
A casa fica bem melhor assim"
                                         (Os Paralamas do Sucesso)

Hoje eu joguei tanta coisa fora. Mas o que devia ir, ainda não foi embora. Simplesmente porque eu me apeguei demais a certas coisas. Eu me apeguei demais a certas coisas. E agora eu não consigo me desfazer delas e das lembranças que me trazem. Estou como uma viciada. Viciada em memorias. 

Você disse que depois de um tempo não lembraríamos mais. Eu não acreditei. Eu achei que nunca esqueceria. E só agora percebo que não esquecer nunca não é tão bom assim. Porque nós nunca lembramos só das coisas boas e mesmo que lembrássemos... Passou. E isso magoa e machuca. Agora, eu preferia não lembrar mais, ter esquecido e seguido em frente. Não era esse o nosso lema?

Infelizmente, tudo continua guardado nessas caixas literais e figurativas que a gente tem nos porões das nossas memórias. Talvez o pior, o que realmente me impeça de esquecer, é o fato de que essa história não teve um ponto final. Eu queria ter me despedido, eu queria que tivesse se despedido ao sair da minha vida. Até hoje eu espero um desfecho para as reticências que você deixou.