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20 de fevereiro de 2013

Sobre uma garçonete chamada Vanessa

Eu abracei uma garçonete chamada Vanessa


Rua movimentada, noite fria
Na esquina, uma casa de massas vazia
Eu não conseguia me decidir
Ela apareceu e disse: posso sugerir?

Era uma moça de cidade grande
E sotaque carregado
Dizia: Perfeito! E trazia, sorrindo,
O meu Fettuccine Encantado

Agora morava em cidade pequena
Mas mantinha o cabelo repicado
Dizia: Ótimo! E trazia, sorrindo,
O meu Fettuccine Encantado

Eu quero um pedaço da sua história
E talvez, um pastelzinho com a sua glória
Vanessa, não deu pra resistir
Preciso saber: Como veio parar aqui?

Na mesa, deixei uma gorjeta e um aviso
Moça, não deixe a máquina roubar seu sorriso
Não diga ótimo, quando nada está perfeito
Acolha a vida neste ar rarefeito

O expediente está pra acabar
E Vanessa vai poder descansar
Um brinde, levantem suas taças
Á garçonete! Da casa de massas!

Foi naquela esquina,
Sentado naquela mesa,
Eu abracei
Uma garçonete chamada Vanessa
A história por trás da história: Estive viajando. Lá, eu conheci mesmo uma garçonete chamada Vanessa. Não. Eu não a abracei. Mas minha irmã sim. Quando ela disse "eu abracei uma garçonete chamada Vanessa", soou tão bem que não resisti a escrever sobre isso. rs A parte triste dessa história é que eu não consegui provar o tal Fettuccine Encantado.